domingo, 16 de dezembro de 2007

´ Paradoxos I `

Josiane tem somente 16 anos. É uma menina alegre e está sempre sorridente. Para qualquer momento ela tem uma história divertida para fazer rir todos a sua volta, ela os contagia com sua graça. Fisicamente ela é baixa, de pele morena e cabelos negros lisos. Terminou agora em 2007 o segundo ano do ensino médio. Ela sabe que é muito importante estudar e se aplica muito nessa atividade. Com todo seu carisma, a menina tem muitos amigos e sai com eles para eventuais churrascos nas chácaras do bairro. Josiane ao chegar em casa trata com carinho o menino que ali mora com ela, juntos, eles dividem as contas, a mesma cama, as mesmas histórias alegres. "Na minha casa, tudo é nosso, não tem meu e seu, pois é nosso" Foi assim que ela se referiu num contexto envolvendo sua vida de esposa, mulher adolescente e, principalmente, feliz.

William é o homem da casa. Ele mora com sua mãe, avó e irmã. Sua mãe o teve solteira aos 15 anos de idade. Ele lembra ainda com os olhos cheio d´água e insiste em repetir para ver se ele próprio acredita: "Meu pai não quis eu". Sua avó é uma mulher de fibra, apesar de lamentar o destino de sua filha a considera uma guerreira invencível. A irmã para William é seu xodó, menina tem seis anos e está com uma virose triste que a faz vomitar tudo o que come. Durante a manhã, William cursa o primeiro ano do ensino médio e a melhor aula que tem é educação física, para ele é o máximo jogar bola. A tarde William torna-se um trabalhador, dirige-se ao centro da cidade e passa em todas lojas recolhendo os papelões que embalam as mercadorias. Há lojas que o trata bem, pois oferecem "café com bolachinha", mas há aquelas "que nem olham pra cara da gente". Durante a noite o que ele gosta é de assistir novela, recentemente a família comprou uma televisão. Assiste todas novelas junto com sua avó, a irmãzinha e mãe tentam pegar os capítulos, mas não tarda e elas já dormem. William tem 15 anos e é visto em seus olhos a honestidade de um grande homem.

Cristina já foi modelo, atriz, tentou aprender a tocar violão, mexer no computador, sabe andar com saltos enormes e se apaixona todo dia. É simpática já teve vários namorados e em todos foi ela que terminou o relacionamento. Ela adora contar todos seus casos e tem uma foto de cada um deles na sua agenda. Age feito mulher experiente com conhecimento vasto sobre o mundo e principalmente os homens, mas ainda é inocente e adora se apaixonar. Ela acredita em romances e em contos de fada. Cristina usa aparelho nos dentes, seus cabelos são longos e possuem mexas loiras, é alta, come de tudo e é magra. Atualmente ela está namorando, mas continua apaixonada pelo seu namorado antecessor. Cristina tem 15 anos de idade.

Victor frequentava a escola todas as manhãs, até que um dia ele a abandonou. Era um garoto que sempre aprontava, mas sem maldade e nunca prejudicou ninguém. Sabe-se pouco sobre sua história. Sua mãe o obriga a ficar nos semáforos, com um rodo pequeno e recipiente com jato de água ele limpa o vidro dos carros apressados que são obrigados a ali parar. Sua mãe o obrigou a abandonar a escola e ele enfrenta a hostilidade dos motoritas com um sorriso verdadeiro. Victor tem 11 anos e é excepcional.

Lia é linda. Pequena de cabelos lisos castanhos de comprimento até o pescoço. Ela se magoa fácil com palavras, ela leva consigo uma triste desconfiança sobre o mundo, pois, ora ele a surpreende com uma boa notícia, ora ele dá uma facada em seu peito e faz despencar suas lágrimas. Lia se choca fácil com maldades e trata seus amigos como filhos seus. Ela gosta de brincar de pega-pega e a qualquer momento te dá um abraço. Ultimamente ela tem tentado aprender um pouco sobre ginástica. Se, sem querer você a magoa é preciso pedir desculpas.
"- Aonde você mora? - pergunta a menina
- Eu moro naquela direção ali - aponta com o braço
- Então um dia eu vou lá na sua casa e vou morar com você para sempre. Eu nunca me esquecerei de você. Eu te adoro muito"
Lia tem 6 anos e é filha de pais aidéticos, durante a tarde ela se dirige a uma creche afastada do bairro em que mora, já que ela, mesmo criança sofre da ignorância preconceituosa. Nessa creche ela encontra com outros amigos, também com o mesmo vírus. Em 2008 ela será matriculada num colégio distante e não se terá mais notícias dela. Mas ela nunca será esquecida, assim como uma menina, a Beatriz.

2 comentários:

Anônimo disse...

Raf...
esteve aquiii

bju lu

Jean disse...

nossa!
eu ja tinha lido, acho q esqueci de comentar..
tem q escrever mais em!
:D

em relaçao ao texto..
histórias paralelas, a principio..
pra mim parece ter uma continuaçao, ou nao.
gostei doe estilo, parece uma coisa nova e tal!
bjao!